terça-feira, 26 de agosto de 2008

DVD - 32 ESTREIA "RAIA PICOTA VIDAS CRUZADAS"..

  JOSÉ FERREIRA /JOAQUIM PACHECO VIDAS CRUZADAS!

No decorrer do mês de Junho do ano de 2006, após pequenos trabalhos em anos anteriores, com relevância para o “Ciclo do linho” no ano 2001, e pequenos trabalhos, chamadas de atenção, que envolviam um projecto crescente digno de registo, por solicitação do presidente da Junta de freguesia de então, levou ao incentivo da criação de um grupo com intenções futuras de memórias da freguesia.



“RAIA/PICOTA vidas Cruzadas”

Baseado e com fragmentos da vida real de José da Silva Ferreira… mais conhecido por Raia ou Beleza. Nascido em Novelas, a 23 de Janeiro de 1924 pouco resta dele, senão a memória, de uma figura típica a quem chamavam de Raia para o importunar, ou Beleza para o agraciar.
  Sabemos que José da Silva Ferreira fez a instrução primária até á 3ª classe, e angariava o seu sustento como sapateiro, arte ensinada pelo seu pai.
Enlouqueceu, por volta dos 17 anos por um amor não correspondido de Maria, filha de um comerciante vizinho, a partir daí todas as mulheres viriam a ser chamadas de Marias e os Homens, nome do Rival Quins. Até hoje ninguém conseguiu saber se a sua loucura era real ou simulada, dada a sua variação de comportamento, foi atropelado na freguesia de Bitarães, e faleceu a 13 de Agosto de 1971 após ter sido abandonado no hospital de Paredes, na urgência ao que dizem por falta de higiene pessoal. Que bom recordar o tempo em que homens dessa era, eram mais importantes que algumas figuras de hoje.


 
Apoiado e com fragmentos da vida real em que o seu nome era Joaquim Pacheco de apelido Picota, andava quase sempre descalço. Nasceu a 23 de Julho de 1932, e foi durante o seu percurso de vida carinhosamente tratado. Conhecido como um servo do trabalho árduo na época em que viveu. Ingressou na tropa com 18 anos, cumpriu o serviço militar e regressou tornando-se mais tarde no criado servidor da Quinta da Folha cujos patrões muito dele careciam e sempre se orgulharam. Falar deste homem, é falar de um testemunho de coragem, de força e de vida, na terra que o viu nascer.
Desde muito cedo sem pai nem mãe entregue aos destinos da vida e do mundo, amaldiçoado por muito poucos a quem sempre se impôs com a sua força, garra e respeito, chamando à razão quem de direito, venceu batalhas e lutas, contra os destinos que lhe foram impostos.




Tratado com toda a dignidade nos últimos 30 anos na casa das Melas onde viveu, o seu coração deixou de bater, a 16 de Março de 2005, com 72 anos. Joaquim Pacheco era um homem justo, amigo e leal, que naturalmente sentimos a sua falta, e que hoje faz parte das boas memórias de Novelas……… terra de glória.

Novelas 28 de Agosto  de 2008









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